Robótica Educacional e Matemática - Minha Iniciação Científica Júnior

No final do ano passado, comecei minha Iniciação Científica aqui na Universidade. Entrei sem imaginar que aprenderia bastante coisa, como ainda se comprova hoje.

O projeto que pertenço, é denominado NInho de PARdais (NIPAR) , e tem por objetivo maior estimular novas carreiras nas áreas de Ciência e Tecnologia.

Mas na prática mesmo, o NIPAR é um centro de experimentação robótica que está dando seus primeiros passos e tem recebido muito investimento e reconhecimento pela comunidade da UTFPR.

Dentro daquele objetivo geral, se encontra o meu projeto, que busca encontrar relações entre Robótica Educacional e Matemática. Isso é, buscar meios de ensinar Matemática através de kits de robótica (especificamente o da LEGO), investigar conceitos envolvidos em robôs já construídos no projeto, e tudo mais.

O ano passado foi um ano de bastante pesquisa sobre o que já foi feito e qual o rumo que o trabalho tomaria. E é interessante, que no Brasil, é quase inexistente trabalhos que têm esse foco, talvez principalmente pelos kits serem caros.

Daquela pesquisa, saiu meu primeiro artigo científica, intitulado “A Robótica Educacional e o Ensino da Matemática no Brasil: o Estado da Arte”. O artigo, apresentado no XV SICITE, além de aprendizado, nos rendeu a classificação de melhor trabalho da seção de Matemática e Tecnologia da edição.

Depois desse artigo, comecei o trabalho com o robô que resolvia o Cubo Mágico, o Tilted Twister (retratado na foto). Foi um trabalho bem interessante, mas também um grande sufoco. Isso porque o robô é muito delicado, depende de exigentes condições de iluminação e outras precisões mecânicas, que nesta montagem, o kit da Lego não ofereceu.

Mesmo assim, aperfeiçoamos um pouquinho o robô e fizemos algumas apresentações, que ficaram famosas: tanto pelo fascínio que ele provocava nas pessoas, quanto ao constrangimento que me causava quando o robô errava. Mas nas condições de luz e de bateria adequadas, ele ia bem. Segue o vídeo com ele resolvendo.

Paralelo à montagem, também aproveitamos para estudar a Teoria dos Grupos pelo Cubo Mágico. Exploramos um pouco de Permutação e Transformações Lineares – que no cubo achei complicado. Infelizmente, não alcancei o objetivo do estudo, que era resolver o cubo somente pela Matemática. Mas o tema serviu para outra publicação que apresentei na ExpoUT sobre Análise Combinatória.

Este ano, por ser o último, creio que vai ser bem apertado. Dentro do nosso projeto, está também a ideia elaborarmos desafios de robótica que usem conceitos diretamente Matemáticos para aplicarmos em uma turma de Ensino Médio e verificar se o desafio auxiliou a compreensão dos conceitos e se tornou o ensino mais lúdico.

Um desafio já está quase pronto, mas pretendemos pelo menos dois. Quando tudo tiver certo, dai posto os resultados aqui no blog.

Só uma curiosidade pessoal, que quando eu trabalhei com o robô que resolvia o cubo, eu mesmo não sabia resolver hsuahsuasua. Só nesse ano que fui aprender ^^